segunda-feira, março 06, 2006

Também tu, jagunsso?

Jagunsso ou jagunço? Por mim estou-me completamete a borrifar. Essa palavra sempre fez parte do meu imaginário, e é dita por uma tribo desse grande país que é a América Latina. Jagunso (ou jagunço, pouco me interessa já o disse), significa na língua da tribo dos Vera Cus, valentão; capanga; cangaceiro, guarda-costas do roceiro, isto segundo o dicionário.
Valentão (será talvez alusão a um certo major?) muitos julgam que o são. Depois são apanhados em escandâlos de pedofilia e choram mais que um grupo de gajas que acaba de saber que o Robbie Williams deu em rabeta.
Capangas há-os e mais ainda do que nós julgamos. Não há um bom jagunsso que não tenha outro jagunço a guardá-lo. É a lei da espécie. Protecção e continuidade.
Cangaceiros estão em todo o lado. No café, ás vezes atrás do balcão, na Cova da Moura, na quinta da Marinha, no parlamento, enfim. O cangaceiro está para o povo como um bom vivã rodeado de capangas e valentões, e que com as suas cangacices lá se vai safando á grande sendo para isso um exemplo a seguir pelo resto da cangaceria local e regional. Há até cangaceiros que têm dupla nacionalidade, o que dá a possibilidade de cangaceirar em sitíos mais quentes.
Os guarda costas do roceiro são os funcionários da EMEL, como já devem ter imaginado. Nem são valentões, quanto muito fracos aspirantes a capanga, mas nunca conseguirão chegar a cangaceiros.
O que interessa aqui é que em todos nós há um potencial jagunsso pronto a sair.
Alguns já o foram, outros irão sê-lo, muitos são-no e não sabem, e outros sabem que o são e irão sê-lo para toda a vida, e muitos como é o meu caso, vamos vivendo com este "Mr. Hyde" que há em todos nós. Nas mulheres, também. E até com dupla nacionalidade, garanto-vos.
Jagunssos ou jagunços de todo o mundo: Uni-vos! (aqui neste blog).